Esta noite sonharei com você. Na verdade, sonho mesmo quando
não quero. Pelo menos em meu mundo seus beijos e carícias me pertencem. Lá é
onde você me ama, e eu te amo. É onde nós somos felizes.
Todos os dias quando acordo penso em você. Repasso no mínimo
dez vezes o porquê de não poder voltar a dormir (só pra te ter de novo), e a
única coisa que me consola é a certeza de que poderei olhar em teus olhos mais
uma vez. E, quando nem isso funciona, perco a batalha sem arrependimentos.
De todas as coisas que já fiz – besteiras ou não – amar você
talvez tenha sido a melhor delas. Todavia, ocultar o sentimento no final de
cada frase torna-se cada vez mais difícil e doloroso. Esconder o desejo de um
beijo que jamais provei ou provarei acaba se tornando uma rotina que não
deveria existir. E aí está o problema, não deveria existir.
Se eu não te amasse tanto assim, talvez a vida fosse melhor.
Talvez, só talvez, eu conseguiria te olhar e ver um amigo ou um irmão. Sim, eu
não precisaria de você para existir. Mas bem, parece que o problema está na
palavra existir.
O que acontece é que você existe e como consequência existe
o meu amor. E, como uma consequência dessa consequência (chamada amor), eu existo. Repreendo-me por pensar assim,
mas já não é algo que eu possa controlar. O fato é que sem você eu não posso existir. Eu não quero existir.
E daí, voltamos ao se
eu não te amasse tanto assim.
“Se eu
não te amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vim e vivesse na
escuridão.”
Se eu não te amasse, eu não teria motivo para sorrir, nem ser
feliz. Se eu não te amasse, não iria querer acordar e viver seria apenas
rotina. Se eu não te amasse, sonhar já não valeria a pena.
E se eu não te amasse, bem... Eu tenho certeza que te amo.